AGRO RURAL: DOURADOS MS SEJA BEM VINDO

É grande a satisfação em recebermos em nosso blog, procuraremos sempre adicionar matérias técnicas direcionadas principalmente à medicina veterinária. Dicas e sugestões, estamos à disposição. TFA.

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- SAIBA MAIS SOBRE A GRIPE H1N1

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sexta-feira, 23 de abril de 2010

SAIBA MAIS SOBRE A GRIPE H1N1

“GRIPE H1N1”

O DIÁRIO MS, entrevista um de nossos consultores, Dr Vili Schulz, médico veterinário , formado pela UNOESTE – Universidade do Oeste Paulista – estado de São Paulo.
DIÁRIO MS : Esta gripe do momento de aparecimento no méxico, ficou muita conhecida como “gripe dos suinos”, porque ?
VILI : Porque é uma doença respiratória que atinge suínos e que acometem humanos causada pelo vírus influenza tipo A, que tem diversas variantes. Algumas das mais conhecidas são a H1N1, a H2N2 e a H3N2. Surtos da enfermidade é muito comum entre suínos, mas raramente causam mortes nos animais. A “gripe dos suínos”, erroneamente chamada de aparecimento no México, tem alta incidência e baixa mortalidade ( 1 a 4 %).
A gripe tende a se propagar mais durante o outono e o inverno, mas são registrados casos durante o ano inteiro.
DIÁRIO MS: É freqüente o aparecimento desta patologia?
VILI: Ela teve 3 aparecimentos anteriores, com nomes diferentes: em 1918 o subtipo H1N1 tivemos a conhecida “gripe espanhola”, com 20-50 milhões de vítimas. Em 1957 o subtipo H1N2, conhecido como gripe asiática, totalizou 1 milhão de vítimas e em 1968 o subtipo H3N2 causou 700 mil mortes, ficando conhecida como “ gripe de Hong Kong”.
DIÁRIO MS: Os humanos podem contrair a gripe suína?

VILI : Não é comum, tanto é que no México não se afirmou que esta doença foi contraída de suínos, mas eventualmente pode sim, através do contato com suínos contaminados adquirir esta patologia.

DIÁRIO MS: Como ocorre esta contaminação?
VILI: A contaminação ocorre da mesma forma que a gripe comum, pela inalação de partículas que possuam o vírus ( tosses e espirros ).
DIÁRIO MS: Esta doença no México é um novo tipo de gripe suína?
VILI: A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou que alguns dos casos registrados na quinzena anterior são formas não conhecidas da variedade H1N1do vírus Influenza A. Ele é geneticamente diferente do vírus H1N1 que vem atacando humanos nos últimos anos e contém DNA associado aos vírus que causam as gripes aviária, suína e humana, incluindo elementos de viroses europeias e asiáticas.
DIÁRIO MS: O quanto as pessoas devem se preocupar?
VILI: A OMS afirma que ainda é muito cedo para lidar com a situação como se ela fosse o início de uma pandemia. Entretanto, o risco existe e a evolução dos casos está sendo acompanhada de perto por especialistas.
DIÁRIO MS: Muito se falou em PANDEMIA, o que é PANDEMIA?
VILI: Na verdade gostaria de explicar desde o início, diferenciando algumas definições:
1- EPIDEMIA- Surto rápido de doença em pessoas numa determinada região.
2- ENDEMIA: Surto de uma doença em um país.
3-PANDEMIA: surto de doença á nível de continente ou á nível mundial ( mais de um país ).
DIÁRIO MS: Este tipo de gripe tem cura em humanos ?
VILI: Na grande maioria dos países existem medicamentos antivirais eficazes, e quanto mais rápido o tratamento, maior o sucesso.
DIÁRIO MS: Existem vacinas para esta patologia?
VILI: Em casos de suínos, existe vacinas para esta influenza, e no caso de humanos, no momento não há vacinas e sua fabricação demora no mínimo 6 meses, e o pior de tudo é que em cada replicação do vírus, ocorre uma alteração no seu código genético, diminuindo acentuadamente a eficácia da vacina.
DIÁRIO : Devemos restringir o consumo de carne suína?
VILI: De maneira alguma. Não há contaminação de carne suína e seus derivados, e mesmo que houvesse esta possibilidade, o vírus é destruído em temperaturas acima de 70 graus Celsius.
DIÁRIO MS: Como o suinocultor deve se precaver?
VILI: A prevenção não serve somente para esta, mas como para outras patologias, utilizando normas que chamamos de BIOSEGURANÇA, enfatizando a proteção de seus animais e funcionários, monitorando todas as pessoas que têm acesso à sua granja, levando em consideração as seguintes práticas:
1-Estabelecer e impor políticas rígidas de licença de saúde para funcionários que apresentem sintomas semelhantes à gripe, como febre, tosse, dores no corpo e, às vezes, vômitos e diarréia, encaminhando imediatamente a um médico, e obrigando ao mesmo informar na consulta o contato com animais.
2-Evitar que funcionários com estes sintomas entrem na granja por pelo menos sete dias depois de apresentar sintomas de doença respiratória, mesmo que leves.
3-Solicitar que os funcionários relatem se membros de sua família apresentarem sintomas de gripe.
4-Não importar animais de áreas afetadas, e proibir visitas e ou contatos com pessoas que estiveram na região de foco.
5- Praticar normas de higienização rotineiras na propriedade ( pedilúvio, tomar banhos para adentrar na granja, lavar as mãos antes a após contatos com animais, etc).
6- Sempre que acontecer de estar em alguma região epidêmica, utilizar mascaras.
O Médico Veterinário Vili Schulz finaliza deixando despreocupados a nossa região, mas ficar sempre “em alerta”, e o nome “gripe suína” é um apelido dado ao acontecimento no México, onde deveria ser chamada de “gripe mexicana”ou “gripe dos humanos”, tanto é que nos últimos noticiários de televisão, é tratada como “GRIPE TIPO A” evitando desta maneira a provável diminuição do consumo da carne de suínos no mundo, o qual não tem nada haver, acarretando prejuízos econômicos imensuráveis, até mesmo para nós do Mato Grosso do Sul, que somos grandes exportadores de carne suína.